Você sabia que a feijoada é um símbolo da gastronomia não só brasileira, mas angolana e portuguesa?
Sim! A tradição de acrescentar carnes ao feijão não é exclusivamente nossa. A história conta que esse guisado de feijão e carne começou a ser servido em Portugal. Mas a Feijoada, como nós conhecemos (e amamos!) é tipicamente brasileira e nenhum outro país possui receita idêntica.
A origem da Feijoada divide opiniões, mas concorda-se que o guisado de feijão com carne faz parte da gastronomia mundial.
Feijoada à Brasileira: o que temos de diferenciado?
Como dissemos, a união de feijão e carnes é muito conhecida na culinária de inúmeros países e regiões. Mas na Feijoada do Brasil, a grande diferença é a escolha do feijão preto, que dá todo o sabor especial ao preparo.
A escolha do feijão preto não é em vão. Essa variedade do grão é exclusiva da América do Sul, exatamente a região em que o Brasil está localizado.
Feijoada à Portuguesa, à Angolana…
Em Portugal, a Feijoada é preparada com feijão branco ou feijão vermelho específicos da região e, geralmente, também inclui outros vegetais, como cenoura e tomate.
Não só Europa e América têm suas gastronomias marcadas pela feijoada. Na África, a Feijoada à Angolana também é muito conhecida e apreciada. Por lá a receita inclui presunto, chouriço, feijão manteiga e outros ingredientes locais.
Por aqui, nós apreciamos bons acompanhamentos
Aqui no Brasil, nós dispensamos os adicionais de legumes no próprio preparo. Mas nossa receita é rica de acompanhamentos. Uma boa Feijoada à Brasileira vem sempre acompanhada de arroz, couve, laranja e farofa.
A farinha, assim como o feijão, tem origem aqui nas Américas. Ela foi um alimento muito consumido por africanos e portugueses em terras brasileiras.
Tradição que se iniciou no Rio de Janeiro e se espalhou pelo Brasil
Historiadores afirmam que a Feijoada à Brasileira começou a ser servida em hotéis frequentados pela elite escravocrata da época, no Rio de Janeiro. É por esse motivo que a Feijoada é ainda mais marcante na culinária carioca.
Prato que virou poesia…
Vinícius de Moraes dedicou um poema especial para a feijoada. Ler os versos e não se identificar é impossível! O poeta versa sobre o processo de preparação da receita e, ainda, a sensação após consumi-la. Confira um trecho.
“Só na última cozedura
Para levar à mesa, deixa-se
Cair um pouco da gordura
Da lingüiça na iguaria – e mexa-se.Que prazer mais um corpo pede
Após comido um tal feijão?
– Evidentemente uma rede
E um gato para passar a mão…”
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